terça-feira, 17 de março de 2015

Eu era chuva.


    Acho que o meu maior medo, é do medo de que João não goste de chuva. Eu era a tempestade no mar, destruía embarcações e ate cidades inteiras. Um dia quem sabe eu me aquietasse, distraia-me e ficasse serena.

    João também tem um lado quente, uma língua sedutora e afiada que fere. Eu tinha medo que o cansaço atenuasse, o barco naufragasse e meu destempero prevalecesse. Uma bobagem que me faz arrepiar a nuca, meu corpo era frio e o dele quente.

    Afinal ele não deixava claro, se gosta de chuva ou de guarda-chuvas. Quer ele deixar molhar-se com meus devaneios, e aproveitar do meu acarinhar sincero. Ou partira logo cedo sem contentamento, munido de desamor e calor?



            Tauana Raio de Luar
            #tauanaraiodeluar



terça-feira, 3 de março de 2015

O amor acaba pensei.



       Pode ir embora. E foi assim a ultima conversa, á ultima frase. Tempos antes implorei, me dividia em duas. Cá entre nós, errei também, mas nada mais do que um ciúme bobo, piadas fora de hora, e uma ironia feroz.
        Do mesmo modo que percorria os passos, busquei o diálogo. Mas como quem já esta afogada, á tentativa da fala é em vão.  Já estava predestinada a essa fala tão triste. Amor não se implora, clichê não é?
        Já tinha dado tudo de mim, o corpo a mente, e principalmente o tempo. Pedia o mesmo, erro meu. Erro só meu, injusto achei, então chorei. Cheio de si o desamor partiu, eu só observei, o amor acaba pensei.


                    Tauana Raio de Luar