João tinha os olhos escuros, e a pela escurecida. Sua
sonoridade a irritava, dês de seu caminhar lento, aos barulhos de bocejar no
desanimo. Não era frio e nem calor, ele vinha e ia, em um anoitecer pede água
gaseificada ao garçom, mas às vezes tomava porre de dormir por dias. De ego
elevado, o moço de elegante a arrogante. Às vezes se indaga como pode gostar
desse moço. Tão impulsivo, e despreocupado. Sim o amor faz prender, mas João é
mar agitado, não permite embarcações, mas nas horas triviais ele se fez ressaca
em seu coração.
Joana ao bar procurou mais não encontrou, largou o vicio do
cigarro, parou e trovou verso com o mesmo garçom, e dormiu por lá mesmo. Amanheceu
sentindo ressaca na alma, destilando palavrões, e jurando ate nunca mais João.
Ao voltar a casa só, só lá ficou. Acordou
com o avisar da campainha, recebia flores e um cartão. O cartão dizia, “Por onde andou, ontem sai te procurar nas
praças da vida, mas não fui feliz, pois não te achei”. Assinado João.
Dois tolos pensando exatamente iguais, mas o destino às
vezes interfere na vida das pessoas. Mas pensou e dai, sem medo ligou para
João, mas não houve resposta. Pensou, talvez seja tarde, talvez seja melhor
assim, talvez o destino esteja certo. Mas a vontade do amor atenua cedo, e sem
demora, outro avisar da campainha. E lá estava João munido de perguntas
esperando explicações, mas nossa protagonista deixou os devaneios e medos na
mão. Abraçou-o fortemente, despindo-se de seus trajes, revelou então sua alma.
Tauana Raio de Luar
#tauanaraiodeluar