quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Quando o amor da certo.




          Cortem-me a cabeça, pois já não consigo conviver com as duas partes que tomam as atitudes por mim. Ontem mesmo meu coração me fez comprar um gostoso sorvete, paguei-o caro tenho que ressaltar. Depois da primeira mordida, minha cabeça o fez joga-lo completamente fora, joguei em uma lixeira qualquer, corri ate o cansaço ganhar, e meu folego calejar. Chorei confesso, pois durante o dia me corri de desejos, mas ela dizia que era o certo a se fazer.
          No amor era basicamente a mesma coisa, vez ou outra quem ganhava era meu coração. Ai ralava os joelhos, ouvia sermão, e jurava ate nunca mais então. Sempre gostei da noite, e certo rapaz tinha a escuridão na pele e nos olhos, fascinava-me olha-lo, de desenvoltura imatura, mas de mãos grandes e seguras. Eu já tinha percorrido o caminho, caído, levantado, e seguido. Ele por destino vinha percorrendo o mesmo caminho.  
       Já tinha desistido, alias à jovial idade que ele tinha calejava minha alma ânsia. Ele sorria, ia embora, e eu desfalecia. A cabeça dizia, pega teu rumo o próximo destino sai as duas, sem paradas ou retornos. Ai meu coração estremecia, que saudade daquela pele macia, e da falta de barba que ele tinha. Comprei duas passagens só de ida, e esvaziei a mochila, disse vem, e mostrei a direção. Pegou-me pelas mãos, e eufórico indagou, estamos esperando o que então?  


                        Tauana Raio de Luar
                        #tauanaraiodeluar