segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O fim de tudo


Foi o fim de tudo. De nós, dos meus livros, das minhas forças. Foi só uma história desmentida. Onde o amor era meu porto seguro. Hoje estou no cais, com vontades pelo corpo. Vou ficar por aqui e esperar os próximos dias. E logo depois, só não me cobre quando. 
Irei me jogar daqui direto ao mar. E nadar até não restar fôlego. Afogar-me até nascer de novo. Só tenho um pedido, que seja no meu quarto. À vista que tenho de lá, dá em frente ao fracasso.  



Tauana Raio De Luar
#tauanaraiodeluar
                                                                  

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Uma certeza eu tinha...




Tenho certeza de que me conheço, das pernas abertas ao meu peito carrancudo.
Não me dói olhar os espelhos da vida. Mas o reflexo que ela transmite me arde os olhos.
Minhas curvas são bem torneadas. Meus lábios grossos são desejados até por mim.
Eu me destruo por dentro quando bebo até dormir. 
Quando deixo de comer para transparecer padrões que não sou eu.
Deixo de refletir. Torno-me invisível, desnecessária.
Gosto mesmo é das minhas mãos. São finas e tão fortes,
Onde agarro não solto, não me cai nem a estupidez. 
Posso tocar meus seios e me suprir do desespero.
As paredes do quarto gritão defeito. Reflexo não é reflexo.
Afogo minhas atitudes entre um copo de vinho.
Era só mais uma paixão.
E um whisky vagabundo que me enche o coração.


Tauana Raio De Luar
#tauanaraiodeluar

                                                                               

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Eu esperei, esperei. Ate que um dia...

             


Escrevi uma canção, que de começo era para ela. Rasguei de imediato e escrevi uma carta. Era quase um adeus, mas tinha toda a minha saudade e raiva.
            Comecei assim… De amor eu não morro… Logo depois, me arrependi. E escrevi lhe dizendo… Minha saudade me arranca os pelos, quando penso que não te tenho. Meu desejo me come em sonhos e o travesseiro.
            Espera aí, era para ser um adeus, esquece tudo o que eu disse, é só a minha solidão falando mais alto. Mas confesso, o teu café preto me faz falta, e teu hálito no beijo de bom dia também.
           Muitas lembranças também são só desejos, de um homem inseguro. Não, eu não preciso de você mais para viver. Eu já estou em parte morto. Mais de amor que não é.
           É só de novo a solidão, minha alma desgrenhada, minhas palavras, meu trabalho… Só me restou de novo a canção… Que te canto agora…
         De amor não morro não. Mas de solidão, já não sei não...

                                                                                 Tauana Pizzolatto